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  • Carlos Augusto S. da Fonseca

Lucas 22.38: Senhor, eis aqui duas espadas.

Atualizado: 17 de ago. de 2023

Senhor, feriremos à espada? - perguntaram, confusos, os discípulos. Jesus, o Mestre dos mestres, estava lhes ensinando de várias maneiras a natureza espiritual do reino de Deus e a necessidade da transformação dos seus entendimentos, que, até então, ainda eram terrenos.



Observe este texto de Lucas referente ao capítulo 22, versículos 35, 36 e 38:


35 E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.

36 Disse-lhes pois: Mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, o que não tem espada, venda a sua capa e compre-a;

38 E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta.


Os versículos grifados acima ressaltam uma conversa de Jesus com os discípulos em que se fala de espadas e luta.

Pouco tempo depois da conversa, quando a multidão chegou para prender Jesus, Pedro e outro discípulo estavam com aquelas armas. Então Pedro, impulsivamente, sacou da espada e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote.


Até aquele momento, os discípulos tinham as suas mentes e disposição fixadas em uma rebelião contra o império romano e contra a liderança judia hipócrita, a fim de verem restaurada sua liberdade e a glória do reino de Israel. Entretanto, quando Jesus disse para venderem a capa e comprarem espada, ele não lhes falava de uma luta física, mas sim de uma batalha espiritual: ele não falou literalmente, mas por metáfora. Porém eles estavam em um processo de aprendizado e de amadurecimento da fé, e naquele momento não conseguiam entender a linguagem de Jesus [1].


Neste post, falaremos sobre esse tema com os seguintes tópicos:

  1. O entendimento dos discípulos

  2. A imaturidade espiritual dos discípulos

  3. A batalha espiritual no reino

  4. A pedagogia e a missão de Jesus

  5. Conclusão e aplicação.


1. O Entendimento dos Discípulos


Os doze discípulos eram pessoas como nós, com virtudes e defeitos, que viviam na cultura judaica da época e em um país dominado pelo império romano. Eles, como todos os judeus, aguardavam ansiosamente a chegada do Messias profetizado nas Escrituras Sagradas, até que creram que o Messias, o Cristo, era o Senhor Jesus, conforme apontado por João Batista (João 1:29,30).


Os judeus estudiosos das Escrituras naquele tempo interpretavam o Messias com duas características, aparentemente opostas: o servo sofredor (como em Isaías capítulo 53) e o rei vitorioso, a quem pertence o trono de Davi (como nos Salmos).

Devido às circunstâncias opressoras da época, muitos judeus esperavam o Messias apenas na forma do guerreiro vitorioso, o qual restauraria o reino a Israel [1].


Os discípulos de fato estavam com o coração no Deus de Israel, pelo menos onze deles estavam, e ouviam os ensinos de Jesus com foco na vida eterna, entretanto estavam dispostos a pegar em armas: eles viram em Jesus, além do Filho de Deus, um líder enviado para a libertação política deles.


Entretanto, o Messias que nasceu em Belém veio executar o papel do servo sofredor, o Filho de Deus que se fez homem, com a missão de dar a sua vida em favor dos pecadores. Depois que cumpriu essa missão, ele voltou para a sua glória e está junto do Pai, para então voltar no fim dos tempos como Rei e Juiz.


Esses aspectos e papéis do Messias ainda não tinham sido discernidos pelos discípulos, e por isso eles não conseguiam entender o que o Senhor, quando estava próximo do tempo de voltar ao céu, passou a lhes explicar. Veja:


31 Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.

32 Mas eles não entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo.

Marcos 9:31,32


Pedro havia tentado repreender o Senhor por causa desse ensino. Seu argumento era de compaixão do Senhor, mas a sua mente ainda era de propósito político:


21 Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.

22 E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.

23 Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens.

Mateus 16:21-23.


Depois desses episódios, quando Jesus se preparava para ir a Jerusalém para terminar a sua missão, os discípulos discutiram sobre qual deles era o maior (Lucas 22:24-27; Marcos 9:33-35). Dois deles pediram para que um se sentasse à direita e outro à esquerda de Jesus em seu reino (Mateus 20:17-28). Tudo isso por causa do seu entendimento equivocado de que Jesus estava indo para Jerusalém para assumir o trono de Israel.


2. A Imaturidade Espiritual dos Discípulos

Mesmo depois de receber a repreensão do Senhor, Pedro ainda não alcançava a compreensão da obra de Deus. Em Jerusalém ele sacou da espada para lutar contra os que vinham prender o Senhor, e chegou a ferir uma pessoa; porém Jesus o repreendeu novamente.

Veja os registros de Lucas, Mateus e João, a seguir:

  • Lucas 22:47-51:

47 E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.

48 E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?

49 E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada?

50 E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.

51 E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.

  • Mateus 26:51-54:

51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha.

52 Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão.

53 Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?

54 Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?

  • João 18:10-12:

10 Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.

11 Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?

12 Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram.


3. A batalha espiritual no Reino


Apesar da aparente ideia de luta terrena no diálogo de Lucas 22:35-38 (as duas espadas), transparece em todo o capítulo 22 a ideia de uma batalha espiritual, isto é, uma batalha entre as forças do mal e o reino dos céus presente na Terra, na qual homens perversos são usados como instrumentos das trevas.

A narrativa mostra que a traição por Judas e a prisão de Jesus faziam parte de uma ação satânica, embora o Senhor tenha se entregado por decisão própria.

Satanás também tentou os discípulos. Pedro, ao ver frustrado o seu plano de reconquista do reino, decepcionou-se com a atitude do Mestre e, tentado por Satanás, negou Jesus três vezes.

A falta de entendimento espiritual dos discípulos deixou uma brecha para que o diabo os tentasse com mais intensidade em todos aqueles momentos. Em suas fraquezas, foi o cuidado do Senhor que não deixou que nenhum deles se perdesse (João 18:9; Lucas 22:31,32), com exceção de Judas (João 17:12), porque este deliberadamente afastou-se do Senhor.


Veja a seguir algumas passagens do capítulo 22 de Lucas, com destaques em negrito, que evidenciam o contexto da batalha espiritual mencionada:

  • Lucas 22:2-5:

2 E os principais dos sacerdotes, e os escribas, andavam procurando como o matariam; porque temiam o povo.

3 Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze.

4 E foi, e falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria;

5 Os quais se alegraram, e convieram em lhe dar dinheiro.

  • Lucas 22:31-34:

31 Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;

32 Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.

33 E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte.

34 Mas ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.

  • Lucas 22:52,53:

52 E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus?

53 Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.


  • Veja também o contexto da noite da traição em João 13:21, 22, 25-30:

21 Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair.

22 Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava.

25 E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é?

26 Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão.

27 E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa.

28 E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto.

29 Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos pobres.

30 E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite.


A autoridade do Filho de Deus e o exemplo de humildade.

Jesus, o Filho de Deus, não pôde ser vencido pelo diabo. Mas apesar da sua autoridade, ele lutou como ser humano e deixou o exemplo para os seus discípulos. Suas armas foram a oração e o jejum, a Palavra de Deus e a submissão ao Pai.

  • Lucas 22:42-44

42 Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.

43 E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.

44 E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.


Da mesma forma, ele ensinou aos discípulos:

  • Mateus 26:41

41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.


  • Lucas 22:39,40

39 E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.

40 E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.


4. A Pedagogia e a Missão de Jesus


A Missão de Jesus

Em primeiro lugar, é preciso entender que Jesus não tinha planos de liderar uma rebelião. Sua missão era celestial e em favor dos pecadores. Veja o texto de João 18:35,36:


35 Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?

36 Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.


Essa passagem mostra que Jesus não pretendia que os seus discípulos lutassem com armas por um reino terreno. Ainda que não tenha impedido que dois dos seus discípulos levassem consigo as espadas, ele não permitiu que lutassem com elas; ele os impediu e os repreendeu no momento exato, e curou o que foi ferido pela espada de Pedro.


Jesus tinha em mente o plano divino, que visava o resgate de toda a humanidade. Para isso, ele já havia dito várias vezes aos discípulos, sem que eles o entendessem, que era necessário que o Filho do homem fosse rejeitado pelos líderes de Israel e fosse morto, e ao terceiro dia ressuscitasse (Marcos 8:31; 9:31,32).


A Pedagogia de Jesus

Em todo o tempo Jesus estava capacitando os discípulos para entenderem o reino espiritual de Deus, desde quando os chamou para estarem com ele. Seu ensino era dado principalmente pelo exemplo de sua própria vida: na oração, na compaixão pelos necessitados, no testemunho fiel, na liderança com amor, na obediência ao Pai.


Jesus falava muitas vezes em linguagem simbólica, por parábolas e metáforas, mas explicava em particular aos discípulos que o indagavam (Marcos 4:33,34).

Jesus também ensinava sobre o reino e o poder de Deus quando operava milagres e curava os enfermos.


Uma pedagogia que o Senhor usou com os discípulos também foi a da experiência pessoal.

Foi o caso aqui analisado: quando eles trouxeram as duas espadas, Jesus não os repreendeu de imediato, mas deixou que prosseguissem no seu intento, a fim de passarem pela experiência que mais tarde abriria seus olhos para a realidade da missão celestial.

Os discípulos não andavam com espadas, mas devem tê-las pedido emprestado de algum amigo ou vizinho - como era já noite, não era possível encontrar muitas pessoas que pudessem ter mais armas. A providência divina não permitiu que eles dispusessem de mais do que duas espadas, o suficiente para o propósito divino de ensinar-lhes por meio da experiência pessoal, sem que, no entanto, tivessem condições de iniciar uma luta sangrenta.


Até o momento da chegada dos homens para prenderem Jesus, os discípulos achavam-se imbatíveis e totalmente dispostos a enfrentar os antagonistas com armas na mão. Mas logo descobriram que a batalha no reino dos céus só é vencida quando se renuncia a si mesmo e se coloca na dependência de Deus.

Naquela experiência pessoal eles puderam testemunhar a autoridade de Jesus (versículo 6 em destaque, abaixo) e enxergar que, apesar disso, ele se entregou espontaneamente (versículos 7 a 12, abaixo):


4 Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?

5 Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.

6 Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.

7 Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno.

8 Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes;

9 Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi.

10 Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.

11 Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?

12 Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram. João 18:4-12


Isso aconteceu como Jesus já havia dito tempos antes:


15 Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.

17 Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.

18 Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

João 10:15, 17-18


Os discípulos alcançaram o entendimento de tudo que tinham ouvido de Jesus somente depois que ele ressuscitou no terceiro dia da sua morte. Puderam enfim compreender todos demais ensinos, inclusive a linguagem simbólica que Jesus usou sobre a espada, e entender que a batalha dos discípulos de Jesus é espiritual, com foco no reino celestial, e não terrena.


Conclusão e Aplicação

A passagem de Lucas 22:35-38 nos traz três aplicações para as nossas vidas:

  1. Precisamos entender a linguagem de Jesus. A linguagem de Jesus nos Evangelhos e nas demais Escrituras não é complexa, mas a sua mensagem é espiritual. Os que não têm o coração sinceramente voltado para Deus não a entendem - João 7:16,17; 8:42,43,46,47. Porém o Espírito Santo sempre nos ajudará a entender quando indagamos a ele em oração - Marcos 4:33,34; Mateus 13:9-16. Aprender diretamente de Deus nos levará a alcançarmos a maturidade na fé e a não sermos enganados por ensinos falsos - Mateus 7:15, Efésios 4:13-16

  2. A providência divina nos ensina por meio das experiências pessoais. Como discípulos de Jesus, o nosso aprendizado não se dá somente pela leitura e compreensão das Escrituras, mas também pelas nossas experiências pessoais com Deus. Na caminhada cristã nós acertamos e erramos, tropeçamos e somos levantados pelo Pai celestial. Diante das nossas fraquezas e dos grandes problemas com que nos deparamos nesta vida, nos colocamos a lutar com as nossas armas terrenas, mas então nos decepcionamos e descobrimos que não temos as armas adequadas para vencê-las. À medida que amadurecemos na fé vamos aprendendo que a nossa luta não é terrena, mas espiritual, e que vencemos quando deixamos de lado o nosso orgulho e depositamos a nossa confiança totalmente em Deus: É necessário que ele cresça e que eu diminua (João 3:30). A nossa meta é crescer em Cristo, até que possamos dizer, como Paulo, “ já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim'' (Gálatas 2:20).

  3. Enquanto esperamos Jesus voltar, precisamos nos fortalecer para vencermos a batalha espiritual nesta terra. Aqueles que aguardam a volta do Senhor são atacados por Satanás para que desistam da sua fé. Somente em Cristo podemos nos fortalecer para vencer essa batalha espiritual e permanecermos de pé diante de Deus. Por meio da fé, da oração e da Palavra de Deus somos alimentados espiritualmente e capacitados para esperar o Senhor com ânimo, alegria e paz.

  • João 16:33:

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

  • Efésios 6:10-12:

10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.


 

Notas

[1] Jesus já havia falado diversas vezes da necessidade da sua morte e ressurreição ao terceiro (Marcos 8:31; 9:31,32). Na noite da sua traição, ele conversou com os seus onze discípulos e deixou-os cientes da sua volta ao céu e das batalhas que teriam de travar a partir de então, mas ao mesmo tempo disse que enviaria o Espírito Santo para que estivesse sempre com eles enquanto eles aguardam a sua volta - conforme Lucas 22:31-38 e João 14 a 16. Foi nesse contexto que Jesus usou a metáfora das espadas.


[2] A expectativa da restauração do reino continuou entre os discípulos israelitas, mesmo depois da ressurreição de Jesus. Quando Jesus despedia-se deles e prometia que enviaria o Espírito Santo com poder, eles ainda não compreendiam que a restauração somente ocorreria no fim dos tempos. Veja o texto de Atos 1:6,7:

6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

 

BIBLIOGRAFIA


Bíblia on line versão Almeida Corrigida e Fiel. <https://www.bibliaonline.com.br/acf/index>. Consulta em 08/05/2021.

Bíblia online Nova Versão Internacional. <https://www.bibliaonline.com.br/nvi/index>

Consulta em 08/05/2021.

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