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  • Carlos Augusto S. da Fonseca

A Mulher Siro-Fenícia (a parábola dos cachorrinhos)

Atualizado: 10 de mai. de 2023



Os Evangelhos de Mateus e de Marcos relatam a história de uma mulher siro-fenícia. Jesus havia se retirado com os seus discípulos para a região da Síria e Fenícia, porque precisava se afastar das multidões para ficar a sós com os discípulos. Então uma mulher daquele país estrangeiro o descobriu e começou a gritar em clamor, seguindo pelas ruas atrás dele e dos seus discípulos com ele, para que ele curasse a sua filha que estava endemoniada. Vamos analisar e entender a história e o significado da parábola dos cachorrinhos que levou aquela mulher a evidenciar a sua grande fé.


Qual é o sentido da parábola? Como a mulher se aplicou à figura dos cachorrinhos? Por que o Senhor não lhe deu resposta imediata mas deixou-a clamando por um tempo?

Vamos analisar todas essas questões neste post.

A seguir estão os dois textos que relatam essa história.


A mulher siro-fenícia

Mateus 15:21-28

21 E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom.

22 E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.

23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.

24 E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.

25 Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!

26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.

27 E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.

28 Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.


A mulher siro-fenícia

Marcos 7:24-30

24 E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;

25 Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.

26 E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.

27 Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não

convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.

28 Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.

29 Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.

30 E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído.



Clamor sem resposta?

Os dois textos acima devem ser lidos em conjunto, pois tratam de um mesmo fato e são complementares entre si.

A primeira coisa que chama a atenção nesse relato é que Jesus não deu nenhuma resposta à mulher que clamava à distância enquanto seguia atrás dele e de Seus discípulos:

  • 22 E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.

  • 23 Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. Mateus 15:22-23.


O Senhor é sempre o mesmo e não muda; ele não deixou de ter compaixão pelos aflitos e necessitados. Mas havia duas razões por que Jesus não deu nenhuma resposta: a primeira era que ele provava a fé da mulher para que a sua bênção fosse maior - que ela conhecesse a Deus, e não apenas recebesse uma bênção terrena; a segunda era que ele procurou evitar a afluência de grande multidão no caso de uma cura milagrosa em público, já que o seu objetivo era o retiro com os discípulos, como será explicado mais adiante.

Entretanto o Senhor não desprezou aquela mulher em momento algum; em seu espírito ele sempre esteve atento ao seu clamor, mas respondeu-lhe no tempo certo..


Para entender melhor a situação, vamos ao contexto da história.

Jesus já havia passado os primeiros anos do seu ministério na pregação em massa da mensagem do reino dos céus, com muitas curas e expulsão de demônios. As multidões cercavam-no, de modo que muitas vezes ele e os seus discípulos nem sequer conseguiam comer, ou até mesmo descansar (Marcos 3:20). Além disso havia também uma perseguição constante por parte de fariseus e escribas de Israel (Marcos 3:6).

Jesus passou a proibir aos curados por ele que o divulgassem (Marcos 1:44-45; 5:46); Depois de certo tempo, Ele enviou os discípulos de dois em dois para também pregarem a mensagem de arrependimento e da proximidade do reino dos céus, pois havia ainda muitas pessoas em Israel que andavam perdidas, como ovelhas sem pastor (Mateus 9:35-38; Marcos 6:7; Lucas 10:1).

Mas agora se aproximavam os dias em que Ele consumaria a Sua missão com a morte na cruz, para depois ressuscitar e inaugurar a sua igreja.

Nesse contexto ele precisava retirar-se com seus discípulos para tratar de assuntos mais profundos, a fim de prepará-los para o que em breve lhes sobreviria. Eles, com muita tristeza e sem ainda o compreenderem, seriam testemunhas da morte e da ressurreição do Mestre, para que em seguida eles fossem enviados na pregação do Evangelho em todo o mundo, depois que o Senhor voltasse para junto do Pai Celeste – Lucas 18:31-34; João 16:28 (citações em nota no rodapé).

Para afastar-se um pouco da multidão, que não tinha maturidade para entender tão profunda missão, e também dos falsos religiosos, que rejeitavam a sua autoridade e escarneciam da sua mensagem, o Senhor procurou retirar-se com os discípulos para um lugar deserto, porém não conseguiram ficar a sós, pois a multidão logo os encontrou (Marcos 6:29-34). Então, pouco tempo depois, eles foram para um lugar mais longe e fora de Israel, para a região de Tiro e Sidom, onde habitava o povo chamado de cananeu e para onde os judeus não tinham costume de ir; assim poderiam ter a privacidade desejada (Marcos 7:24). Foi quando então Jesus foi descoberto pela mulher siro-fenícia, conforme os relatos de Mateus e Marcos aqui analisados. O termo cananeu tinha conotação negativa, pois referenciava os costumes idólatras e perversos dos antigos cananeus que outrora habitavam naquela terra.

(Veja no rodapé alguns textos bíblicos pertinentes às explicações acima).

Primeiro os filhos e depois os cachorrinhos


  • 27 Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Mateus 15:27


  • 24 E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.

  • 25 Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!

  • 26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. Marcos 7:24-26


A palavra "cachorrinhos", no texto, tem o sentido de animalzinho de estimação. A ideia é fácil de entender por qualquer que seja o responsável por uma família, isto é, que apesar de o animalzinho ser amado, não convém adiar a hora do alimento do filho para alimentar o pet: a sua hora não é aquela.

Na metáfora, os animaizinhos de estimação simbolizavam o povo cananeu; os filhos simbolizavam o povo de Israel, para os quais Jesus havia sido enviado pelo Pai.

A metáfora compara criaturas amadas por Deus (os cachorrinhos) e os filhos de Israel (os filhos da casa), chamados de filhos de Deus, a quem Jesus tinha sido enviado. Estes eram filhos porque receberam os mandamentos de Deus para obedecerem. O povo cananeu, porém, ainda não tinha em sua cultura idólatra os mandamentos de Deus, e por isso os seus, regra geral, não eram filhos de Deus.

Apesar de serem desobedientes a Deus, os cananeus eram amados por ele. Por isso o Senhor enviaria em breve os seus discípulos a todo o mundo, e em especial, a eles, para pregarem a mensagem do Evangelho e curarem os seus enfermos. Porém, naquele momento, ainda não era o tempo deles.


A Prova da Fé

Como visto mais acima, a primeira razão por que o Senhor não respondeu de imediato à mulher era porque não era o tempo de realizar milagres naquela terra, em vista da urgência no preparar os discípulos e do cumprimento da sua missão em Jerusalém. A outra razão por que Jesus não respondeu de imediato era porque o Senhor provava da fé da mulher siro-fenícia, prova essa que aumentava à medida que chegava o momento da resposta. O destaque é para como a sua provação a fez aproximar-se mais de Deus.


  • 25 Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!

  • 26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.

  • 27 E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Mateus 15:25-27

Ela precisou vencer diversos obstáculos para alcançar a bênção pela qual clamava:

  • A opressão da enfermidade da sua filha

  • O silêncio do Senhor

  • A discriminação dos discípulos

  • As suas fraquezas e o seu orgulho

Em todas as etapas e circunstâncias da sua provação a mulher não deixou de fazer uma coisa: clamar ao Senhor; ela clamou ao Senhor o tempo todo. Essa foi a sua vitória, porque foi o próprio Deus quem a conduziu em todo o processo do amadurecimento da sua fé, até que esta fosse tão grande que Jesus lhe respondeu:

  • 28 Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã. Mateus 15:28


Conclusão

A leitura do contexto nas Escrituras Sagradas mostra que Jesus não atendeu a mulher de imediato para evitar o afluxo de enorme multidão ao redor de si. A sua prioridade naquele momento era preparar os discípulos e depois caminhar para Jerusalém, onde cumpriria a sua missão na cruz em favor de toda a humanidade. Não podia parar alguns dias para atender à população daquele país estrangeiro; para eles e para todos os demais povos, Deus já havia reservado a pregação do Evangelho pelos apóstolos e demais discípulos, que aconteceria após a ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

A analogia dos cachorrinhos e dos filhos, presentes na metáfora usada por Jesus ao falar com a mulher, remete ao amor de Deus por suas criaturas e o seu cuidado maior e mais imediato com aqueles que guardam os seus mandamentos, assim como o senhor da casa cuida primeiro do alimento dos seus filhos para depois cuidar do alimento do seu animalzinho de estimação, sem, contudo, deixar de cuidar dele.

A outra razão por que Jesus não respondeu era a prova da fé da mulher siro-fenícia, prova essa que aumentava à medida que chegava próxima do seu fim, isto é, do recebimento da resposta de Deus. O destaque é para como a sua provação a fez aproximar-se de Deus.


Aplicação

Despede-a, que vem gritando atrás de nós. Apesar de os discípulos não terem entendido o propósito de Deus na vida da mulher, o Senhor não a discriminou. Enquanto ela passava as suas provações, Deus agia na sua vida, até mesmo quando ela clamava atrás de Jesus e seus discípulos. Por meio das provações ela estava sendo atraída para os braços divinos.

Deus não discrimina ninguém, nem mesmo o maior pecador, embora também não deixe de aplicar a Sua justiça e castigos sobre o homem ímpio.

No entanto, o Espírito de Deus está o tempo todo falando aos homens, no intuito de que se arrependam dos seus pecados e voltem-se para o Criador, o Deus de toda a misericórdia.


Primeiro os filhos. Aos que guardam a Palavra de Deus, o Senhor Jesus promete que tudo quanto pedirem ao Pai em Seu nome, receberão:

  • Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.

  • Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. João 15:7,8

Dessa maneira, os que guardam os mandamentos de Deus e têm os seus corações voltados totalmente para Deus, têm resposta mais rápida dos seus pedidos, pois tudo que eles pedem é direcionado para a glória de Deus.


A mulher, depois de muito clamar, e depois de ter ouvido os discípulos pedirem ao Senhor para mandá-la embora, aproximou-se do Senhor e O adorou, e nesse momento suplicou pela cura da sua filha. Mas a sua fé havia somente crescido na sua prova, porque ela não se deixou levar pelas circunstâncias e clamava ao Senhor mais e mais. Então Jesus lhe respondeu mansamente, não como os discípulos.

Quando Deus fala suavemente a quem clama a Ele, essa pessoa entende o que Deus diz. Ao ouvir a metáfora, a mulher cananeia entendeu o que Jesus dizia, isto é, que ela fazia parte daqueles que não tinham compromisso com Deus e que não obedeciam aos Seus mandamentos, os quais haviam sido recebidos pelo povo judeu para obediência.


Depois os cachorrinhos. Ao reconhecer humildemente o seu estado de desobediência diante do grande amor do Senhor, por meio da analogia entre os animais de estimação e aqueles que não obedecem aos mandamentos de Deus, ao ouvir a metáfora dita por Jesus, a mulher confessou-se pecadora. Porém ela apelou para a misericórdia de Deus: ela respondeu nas mesmas palavras da metáfora e reconheceu-se simbolicamente como um dos cachorrinhos, em analogia à posição de pecadora, mas que apesar disso carecia da misericórdia de Deus, assim como até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa do seu senhor. De fato Deus cuida de todos os homens, até dos pecadores e maus, porque a Sua misericórdia dura para sempre. Veja o que disse Jesus no sermão do monte:

  • Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;

  • Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Mateus 5:44,45

Ela aproximou-se e o adorou. Não é por uma atitude de orgulho que conseguiremos nos aproximar de Deus, mas pela nossa humilhação diante dele. Com o nosso reconhecimento de que somos pecadores e de que precisamos da misericórdia de Deus é que somos aceitos por Ele, pois Ele está pronto a nos perdoar e nos ajudar quando de coração nos arrependemos e decidimos que queremos mudar. Sobre isso Jesus contou uma parábola, escrita no Evangelho de Lucas:

  • 9 E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:

  • 10 Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.

  • 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.

  • 12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.

  • 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!

  • 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. Lucas 18:9-14

A tua fé te salvou; vai em paz. Foi para isso mesmo, isto é, para que o pecador seja aceito por Deus, que Jesus Cristo deu a Sua vida na cruz do Calvário. Ele substituiu os pecadores ao receber o castigo que era destinado a nós, para que então Deus pudesse nos perdoar com base no sangue derramado por Jesus, desde que de coração nos arrependamos dos nossos pecados e creiamos no poder do Seu sacrifício. Esse é o caminho que o Pai abriu para nos aproximarmos dele.

E o mesmo Jesus que morreu, foi o que também ressuscitou, e está à direita de Deus para nos ajudar em nossas fraquezas e tentações, para que a nossa fé seja vencedora.


A parábola dos cachorrinhos. Em vista de tantos ensinos, a analogia dos cachorrinhos não é apenas uma metáfora ou um provérbio, mas uma parábola, aplicável até os dias de hoje, na qual precisamos meditar e aplicar em nossas vidas diante de Deus.




 
Notas

1. Jesus cercado por multidões; oposição de líderes religiosos

Marcos 2:1,2

E alguns dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.

E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.


Marcos 4:1

E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.

Marcos 5:21-24

E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar.

E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,

E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está à morte; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva.

E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.


Marcos 1:40-45

40. E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.

41. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.

42. E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.

43. E, advertindo-o severamente, logo o despediu.

44. E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.

45. Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.


Marcos 3:20

20. E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão.


Marcos 3:1-10

1. E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada.

2. E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem.

3. E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio.

4. E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? E eles calaram-se.

5. E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra.

6. E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam.

7. E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, e seguia-o uma grande multidão da Galiléia e da Judéia,

8. E de Jerusalém, e da Iduméia, e de além do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele.

9. E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não oprimisse,

10. Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrojavam sobre ele, para lhe tocarem.


Marcos 3:22

E os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: Tem Belzebu, e pelo príncipe dos demônios expulsa os demônios.


2. Jesus se afastou da presença da multidão ao curar enfermos

Marcos 5:41-43

41. E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.

42. E logo a menina se levantou, e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto.

43. E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer.


Marcos 7:31-36

31. E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis.

32. E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.

33. E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.

34. E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te.

35. E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.

36. E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.


3. Jesus enviou os discípulos para pregarem o Evangelho e curar os enfermos

Marcos 6:7

7. Chamou a si os doze, e começou a enviá-los a dois e dois, e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos;


Marcos 6:12,13

12. E, saindo eles, pregavam que se arrependessem.

13. E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.


4. Jesus se retirou com os discípulos para um local deserto

Marcos 6:30-34

30. E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.

31. E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.

32. E foram sós num barco para um lugar deserto.

33. E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se dele.

34. E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.


5. Jesus se retirou com os discípulos para outro país

Marcos 7:24-26

24 E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;

25 Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.

26 E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.


6. Jesus anunciou aos discípulos a sua Paixão.

Lucas 18:31-34

31 E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito;

32 Pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido;

33 E, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará.

34 E eles nada disto entendiam, e esta palavra lhes era encoberta, não percebendo o que se lhes dizia.


7. Jesus deu a vida em favor dos pecadores

Isaías 53:4-6, 9-11

4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.

5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.

10 Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.

11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.


8. Jesus, naquele contexto, em breve voltaria para o Pai.

João 16:28

28 Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai.

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jessicarjkreischer
Apr 22
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